Domingo de Ramos

Paróquia de São Pedro de Cesar

Domingo de Ramos – Paixão do Senhor

A última Vigília de Domingo de Ramos com procissão realizou-se há 46 anos, portanto em 1965, integrada nas celebrações da Santa Missão.

Segundo memória do Sr. Padre Joaquim Cavadas, a procissão que deveria ter um cariz celebrativo e triunfante, acabou por ser uma procissão “fúnebre”.

Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém

A celebração da entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, mostra os momentos festivos e de alegria com que o próprio Cristo foi recebido pela população.

A festa dos Ramos, com largo e adro da Igreja engalanado, foi vivida com alegria, respeito e entusiasmo e com manifestações de júbilo…

Foi desta forma que no passado dia 16, sábado, a paróquia de Cesar viveu a Vigília de Domingo de Ramos. A entrada de Jesus em Jerusalém preparada pelos grupos de jovens e catequese adolescente, marcou profundamente a comunidade, que, de repente, parecia ter recuado mais de 2000 anos.

Os jovens em festa encenaram na perfeição a entrada de Jesus em Jerusalém. Cantando e dançando, estendiam os tapetes para Jesus (Sr. Padre Joaquim Cavadas) passar, enquanto a multidão seguia em procissão acenando os ramos. Foram momentos de grande comoção e vivência interior e espiritual.

Vigília de Ramos 1

Vigília de Ramos 2Vigília de Ramos 3

  

Da celebração festiva à Paixão do Senhor

Todavia, a liturgia de Domingo de Ramos revestiu-se de dois aspectos, à primeira vista contraditórios: o primeiro, fala-nos do triunfo e da glória e o segundo remete-nos para o sofrimento e a paixão (leitura da condenação de Jesus à morte). Estes dois aspectos apresentam-nos a figura de Jesus como Rei e ao mesmo tempo como Servo do Senhor.

Contudo, sem entrada triunfal não haveria a Paixão. A entrada triunfal em Jerusalém conduz à Paixão do Senhor, e a Paixão só é plenamente compreendida pela missão que o Pai confiou a Jesus.

Da passagem da procissão para a eucaristia, foi ainda recordado o caminho doloroso de Cristo com mensagens lidas em cada cruz colocada à volta da igreja. Este momento, que parece desenquadrado da Vigília de Ramos, lembrou a dicotomia da liturgia que, como já referimos, assenta em duas vertentes aparentemente contraditórias mas sem as quais não haveria a porta da esperança: a Ressurreição. No cântico de entrada da eucaristia, os jovens cantaram: “Crianças, jovens e velhos cantai ao Filho de David (…)” e o povo de Deus cantou com vigor esta “antífona” de glória, louvor e honra ao nosso Salvador, Jesus Cristo.

Uma palavra de apreço, gratidão e de esperança para jovens…

Vós sois o fruto semeado que está a brotar.

Crescei, pois, com vigor, com fé e, acima de tudo com um amor generoso. O vosso trabalho tem sido, de facto, extraordinário belo e bom.

A decoração do altar, simples mas de beleza rara – a beleza de Deus; as via-sacras, simples mas profunda de interioridade; a caminhada penitencial, simples mas de intimidade avassaladora; e por fim a celebração de ramos, onde a generosidade e amor foram a medida da dádiva e da gratuidade que não têm medida.

Carlos Costa Gomes

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